sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

Se eu fosse um caderno

   Se eu fosse um caderno tinha muitas folhas com linhas azuis.
   Eu queria ter um dono que me organizasse bem.
   Eu queria ser muito grande porque assim tinha muitas folhas para escrever, assim eu não gastava as minhas folhas todas.
    Eu não queria que o meu dono não me riscasse. Eu era leve e o meu dono metia-me na mochila para fazer os trabalhos de casa.
     O meu dono cuidava-me bem, ele metia-me uma capa.
      Ele chamava-se Tiago.
     Quando as minhas folhas se gastavam ele arrumava-me numa gaveta e a seguir o meu dono comprava outro caderno.
     O meu dono metia-me no sotão porque eu já não tinha mais folhas para escrever.
     Dali alguns dias eu ficava com muito pó e num caixote fechado.
     Um dia o meu dono andava à minha procura para fazer desenhos, então apanhou-me para desenhar.

Texto Colectivo, passado pelo Salvador e pelo Marcos

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